Metas pra 2020: você pode começar pela reciclagem!

Estamos produzindo cada vez mais lixo. Segundo estimativa do Banco Mundial, divulgada na reunião do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o volume de resíduos urbanos no planeta deve chegar a 2,2 bilhões de toneladas em 2025, contra os atuais cerca de 2 bilhões de toneladas. É fácil imaginar que, quando descartados nos lixões e aterros sanitários, como acontece hoje em dia, esses resíduos comprometem a qualidade do meio ambiente e, consequentemente, de nossas vidas. Assim, precisamos pensar em um destino mais apropriado para o nosso lixo, como a reciclagem.

Essa é uma das alternativas que já vem sendo praticada em alguns lugares com bons resultados e as taxas de reciclagem estão aumentando no Brasil e no mundo. Mas ainda temos um longo caminho pela frente, que passa por tornar o processo de coleta seletiva acessível a toda a população, mudando significativamente a forma como lidamos com os nossos resíduos domésticos e industriais. Muitas pessoas já estão conscientes de tudo isso, mas ainda não sabem por onde começar. Se for o seu caso, não se preocupe! Vamos ensinar, neste artigo, tudo que você precisa saber para fazer a sua parte.   

 

Conheça quais são os tipos de lixo e como descartá-los

Para começar, precisamos entender que “lixo” não é uma categoria homogênea. Existem diversos tipos de resíduos e ter noção da composição de cada um deles é essencial para que possamos realizar uma separação correta e, assim, destiná-los da melhor forma possível. Conheça os principais tipos abaixo:

1. Lixo orgânico 

O lixo orgânico, que algumas pessoas chamam de “lixo molhado” ou “lixo úmido”, é constituído por restos de alimentos, plantas mortas, borras de café, papel higiênico, fraldas e outros materiais de origem biológica. 

Muita gente acredita que ele não pode ser reaproveitado, sendo o aterro sanitário a única possibilidade de descarte, mas há um destino melhor para ele: a compostagem. Nem todos os resíduos orgânicos podem ser compostados (papel higiênico e alimentos de origem animal, por exemplo), mas, realizando esse processo, você, com certeza, já vai reduzir bastante o seu volume de lixo em casa. 

2. Lixo reciclável

O lixo reciclável, também conhecido como “lixo seco”, é composto, em linhas gerais, de papel, plástico, vidro e metal. O descarte pode ser feito em lixeiras de coleta seletiva que geralmente são disponibilizadas, nas ruas das cidades, nas cores azul (papel), vermelho (plástico), amarelo (metal) e verde (vidro). Depois, esses materiais são coletados, separados e encaminhados para o processo de reciclagem.  

Parece simples, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas em relação a esses materiais. Por isso, vamos dar alguns exemplos. Por “papel”, entenda caixas de papelão, impressos em geral, envelopes, folhas de caderno (sem o arame), cartões e embalagens de papel. Como “vidro”, você pode considerar garrafas, copos e frascos. “Metal” são latas de alumínio, enlatados, pregos, arames, canos, tubos e objetos de cobre, alumínio, bronze, ferro ou chumbo. E o “plástico” compreende garrafas PET, potes de alimentos, copos descartáveis, sacolas plásticas, sacos, baldes e plástico-filme.

E uma dica importante: para realizar o descarte desse tipo de lixo, é essencial que os materiais estejam limpos e secos! Caso contrário, o processo de reciclagem pode ser dificultado ou, até mesmo, impossibilitado.  

3. Lixo eletrônico

O lixo eletrônico, tecnológico, computacional ou simplesmente e-lixo — que é composto pelos resíduos de celulares, tablets, computadores, pilhas, eletrodomésticos, rádios, câmeras fotográficas ou qualquer material eletrônico — pode ser separado, desmontado  e destinado ao processo de reciclagem (quando possível, as peças são reaproveitadas). 

Mas, apesar de ser formado principalmente por metal, ele não pode ser descartado junto com outros tipos de lixos metálicos. Isso porque o lixo eletrônico libera substâncias que podem ser nocivas ao meio ambiente. Assim, o seu descarte precisa de atenção especial. 

Em algumas cidades, os pontos de coleta de lixo eletrônico são encontrados próximos aos pontos de coleta de lixo reciclável. E, em outras, são disponibilizados nos corredores de empresas e shoppings centers, além de lojas do segmento de informática.

 

E quais materiais não são recicláveis?

O lixo hospitalar e o lixo radioativo, por serem contaminados com substâncias altamente nocivas às pessoas e ao meio ambiente, não podem ser encaminhados para a reciclagem e precisam de um descarte exclusivo, realizado por empresas especializadas. Além deles, existem alguns materais de uso doméstico que não podem ser reciclados e costumam causar dúvidas. Veja alguns exemplos:

  • isopor
  • clipes
  • esponja de aço
  • chapa de raio-X
  • fotografia
  • espelho 
  • porcelana
  • cerâmica
  • papel celofane
  • E.V.A

 

Saiba onde entregar os materiais para a reciclagem

Agora que você já sabe o que pode ser reciclado, você deve estar se perguntando onde esse processo deve ser feito. Não há uma resposta única, pois o destino desse lixo varia de cidade para cidade. Em São Paulo, por exemplo, um caminhão realiza o trajeto pré-definido pela prefeitura, coletando o lixo reciclável em pontos escolhidos estrategicamente. Já em outros lugares, como é o caso de Belo Horizonte, existem pontos fixos, nos quais você pode (e deve) depositar os seus resíduos. Para entender qual é o modelo do seu município e o ponto de coleta mais próximo a você, consulte o site da prefeitura. 

Agora não restam mais dúvidas sobre a separação do lixo, não é mesmo? Então fazemos um convite: que tal começar o ano propondo uma nova forma de lidar com os descartes na sua casa, prédio ou condomínio? E, além da reciclagem, lembre-se que também é muito importante reduzir e reaproveitar recursos, a fim de gerar menos lixo, como mostramos neste artigo a respeito dos diversos usos do saco Ziplock, que vai inspirar você!

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